quarta-feira, agosto 30, 2006

Continuamos à procura dos objectivos da vida

Quando conhecemos um ser humano a quem é diagnosticada uma doença para a qual a "ciência" desconhece cura, questiona-mo-nos mais profundamente sobre as razões de isso acontecer. Então se a pessoas é jovem, maior é o nosso sofrimento. Para quem aceita que há um ser superior que tudo justifica, é capaz de ser mais fácil, mas quando pretendemos ter respostas mais acessíveis ao nossos simples espíritos, torna-se impossível perceber.
Simplesmente não faz sentido.
O que nestas alturas ainda se torna mais inaceitável é o facto de o ser humano dominar tantas tecnologias, ser senhor de tanta sabedoria, e desperdiçar incomensuraveis meios a fazer a guerra e promover a morte, em vez de defender a vida.

segunda-feira, agosto 28, 2006

Campo Maior -Ouguela - Alentejo - Portugal









sábado, agosto 12, 2006



Voltou o belicismo
Rogério Fernandes Ferreira
Catedrático de Economia

As ocorrências de conflitos armados são descritas tendenciosamente, favorecendo-se assim a deflagração ou o desenvolver de guerras.

A génese da guerra está na mente dos seus fautores.

Lançam os fermentos e invocam Clausewitz. Quem, realmente, quer a paz esforça-se por a encontrar.
Conceber e concretizar guerras não é conceber paz.

Culpa-se da guerra o outro lado (pois, nós, temos razão). Nós queremos o legítimo (o que é nosso). O que é nosso? O nosso é o que defendemos, o que queremos tirar aos outros ou o que os outros nos querem tirar a nós.

Os fanáticos das guerras e os amantes das guerras mistificam, propagandeiam e enganam.

Invocam que os outros - os inimigos - são maus, mentirosos ou bandidos. Com fins guerreiros mentem, enganam cidadãos e escondem propositadamente as justas razões dos outros.

É com mentiras que se elimina a concórdia e se incitam as populações a guerrearem-se.

Se, com verdade, se buscasse a paz, não se teria a guerra. Os belicistas não se importam com os males que a humanidade sofre com as guerras - mortes, destruições ou holocaustos. A guerra é o seu propósito e tudo fazem para que ela se verifique.

Alguns lamentam as mortes e as destruições havidas, mas apenas as do seu lado. As do outro causam-lhes alegria, regozijo e festejos. A persistente guerra entre israelitas e não israelitas é exactamente exemplo disto.

Os belicistas são inimigos da humanidade.
Mandam, são poderosos e agem de modo a que a paz não ocorra. Desejam ganhar (a todo o custo), provocando injustiças e mortes. Que o mundo fique pior (para os outros), o mais não conta - basta que ganhem. A sua ambição, a sua cobiça, o seu desejo é lutar, vencer, aniquilar inimigos, mesmo que inventados.

Os belicistas manipulam e provocam aliciamentos e engodos. Se usassem a verdade, não alcançariam os seus fins, as suas glórias. Aventureiros sem escrúpulos, calculam os seus ganhos líquidos e aí não contam os males infligidos aos outros.

Os belicistas são criminosos. Comprovam-no os julgamentos da História e os julgamentos que hoje faz a opinião pública e também, por vezes, o Tribunal Internacional.Nas ocorrências que a comunicação social mostra descortinam-se as motivações das práticas criminosas. Muitos dos vencidos (os que não morreram) acabam a confessar práticas ou crimes que contra eles foram cometidos.

Ainda não se condenam os crimes dos vencedores, dos mais fortes. Até persiste o mito de considerar mais heróis os que mais matam.

Será ainda possível travar os belicistas? Alcançar a concórdia? A razoabilidade e a justiça?Recear o pior é motivo para não nos silenciarmos perante o agravar das guerras. Oxalá a comunidade internacional consiga de modo razoável apaziguar os primeiros contendores e não acirrar mais os ânimos. Isso para evitar que se passe aos segundos contendores e assim sucessivamente, até à guerra total, à vitória total! Será a vitória final? Talvez não. Podem não morrer todos os inimigos. Os que restarem, ou seus descendentes, continuarão também na mira da vingança e da vitória final, ou seja, na senda da derrota final da humanidade.

Diario de Noticias
Quinta, 10 de Agosto de 2006