quarta-feira, outubro 19, 2005

Apostadores inveterados

Há algo que me espanta nas respostas que os internautas dão nas "pseudosondagens" dos sites temáticos. Especialmente no Sapo. Já me quiz parecer que a maioria dos que votam nos "inquéritos" do Sapo são homens. Nota-se uma adesão massiva quando a qestão anda à volta do futebol. Mas aquilo que acontece é que os votantes não respondem de acordo com as suas vontades, mas de acordo com aquilo que acham que vai acontecer. Ou então as vontades destes participantes são "merdosas". Hoje, por exemplo, está lá a pergunta: "O Porto vai ganhar ao Inter de Milão ?"
Já estão lá mais de quatro mil votos e não é que 57 % dizem que não !!!! Espantosa esta doença dos portugueses de em vez de pensarem positivo, serem derrotistas logo à partida. faz-me lembrar os ciganos. O vicio deles nas apostas chega a extremos. Têm que apostar por tudo e por nada. E claro, quem eposta quer ganhar. Nos inquéritos parece que reina a vontade de se ganhar a aposta, não que realmente aconteça isto ou aquilo. Tenho a impressão que nas eleições políticas acontece a mesma coisa. As pessoas votam, ou dizem que vão votar, em função das opiniões alheias e não das suas próprias ideias. As pessoas "apostam" como vão ganhar estes ou aqueles, e como estão "viciados no jogo" querem estar do lado dos ganhadores. Independentemente das posturas dos que estão a ser eleitos. O que aconteceu em Oeiras, Gondomar e Felgueiras só pode ser explicado através desta teoria do vicio no jogo. Andavam os "fast thinker" a dizer que as "bestas" se arriscavam a ganhar e os que não querem pensar pela sua própria cabeça lá foram apostar nos "cavalos" ganhadores. Independentemente de serem honestos ou não, corruptos ou não. Importa é dizer: "vês como eu tinha razão..."
A pobreza maior em Portugal é esta. O espírito do apostador inveterado que domina as mentes.
O que é preciso é haver um tratamento geral a nível nacional. Se calhar o problema está nas águas que bebemos, no ar que respiramos. Algo de estranho acontece por estes lados do planeta. Temos tudo para ser um povo exemplar no mundo, mas acontece que não usamos as nossas próprias cabeças. E claro, isso é que interessa aos instalados: à classe política em geral, aos "nobres" dos velhos tempos, aos novos ricos... Não interessa que o Povo português use muito a cabeça porque senão poderá estar a nossa a prémio...dizem lá pra eles...

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Olé!

11:54 da tarde  

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